A possibilidade legal é um grande ganho, mas a lei em si não garante a inclusão. Dificuldades básicas fundamentais existem e precisam ser enfrentadas com compromisso, competência e coragem, pelos profissionais que se dedicam ao atendimento de pessoas com deficiência visual. Destacamos, a seguir, algumas dessas dificuldades:
1- conquistar a confiança do paciente com deficiência visual e seus familiares; auxiliando-os a vencer preconceitos e a evitar a superproteção;
2- nas formas de prevenção e tratamento de doenças oculares, como tracoma infantil;
3- estimular a descoberta, conhecimento, domínio e relacionamento do corpo do paciente com o ambiente e com as pessoas, a fim de que se motive para a ação motora;
4- em definir qual o melhor recurso a ser utilizado com aquele paciente, de acordo com a natureza, a extensão e o tipo de problema encontrado no sistema visual, uma vez que pode haver distúrbios associados, como neuropatias;
5- desenvolver o treinamento de marcha do paciente em diferentes terrenos, com o uso do dispositivo da bengala que lhe dá suporte no equilíbrio, locomoção motora, noção de espaço e lateralidade, evitando a ocorrência de quedas constantes;
6- promover o aprimoramento dos demais sentidos (tato, olfato, paladar, audição);
7- na obtenção de recursos para tratamento, como computadores adaptados para o deficiente visual, lupas telescópicas, óculos com lentes especiais, etc;
8- encaminhamento para escolas regulares, onde há escassez de profissionais habilitados para trabalhar com os deficientes visuais, bem como recursos adequados;
9- no ensino e aprendizagem do método Braille e do Soroban;
10- na manutenção das atividades de vida diária do deficiente visual.
Ø Melhorar a integridade física, mental, cultural, intelectual, emocional, social da pessoa com deficiência visual para que se restabeleça funcionalmente.
Ø Procurar mostrar-lhe a necessidade de se descobrir e explorar seu próprio corpo no meio ambiente e com as pessoas de seu convívio.
Ø Promover treino de equilíbrio e marcha para melhorar seu ortostatismo e sua direcionabilidade.
Ø Promover orientação espacial para que a pessoa com deficiência visual tenha noção de direção e localização do seu corpo no espaço.
Ø Manter a postura ereta para impedir possíveis desvios posturais, como hiperlordose, cifose ou escoliose.
Ø Promover alongamento e fortalecimento de membro superior e inferior para a introdução ao uso da bengala.
Ø Promover treino de equilíbrio e marcha em diferentes terrenos, possibilitando boa locomoção em diferentes áreas e evitando quedas.
Ø Melhorar a qualidade de vida desse paciente promovendo a sua independência em alimentação, vestuário e higiene pessoal.
Ø Ganhar mobilidade para que tenha locomoção harmoniosa e segura.
Ø Estimular o desenvolvimento de habilidades específicas como informática, música, teatro, artes plásticas, etc.
Ø Estimular o uso da escrita em Braille e do método Soroban para o seu desenvolvimento intelectual, social e cultural, bem como sua comunicação com as demais pessoas do mundo..
Ø Promover a intervenção precoce para que as habilidades sensoriais da criança com deficiência visual contribuam no seu processo de desenvolvimento neuropsicomotor.
Ø Promover atividades cotidianas para que a pessoa com deficiência visual tenha uma vida mais prazerosa, relacionando-se satisfatoriamente com o ambiente e as pessoas com quem convive.
Ø Estimular a integração dos pais e demais familiares com os profissionais da equipe multidisciplinar visando incentivar ainda mais o desempenho do paciente na sua reabilitação, com vistas a conquistar, cada vez mais, autonomia e independência.
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