A RELAÇÃO ENTRE O GRAU DA SURDEZ E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Sendo a surdez uma privação sensorial que interfere diretamente na
comunicação, alterando a qualidade da relação que o indivíduo estabelece com
o meio, ela pode ter sérias implicações para o desenvolvimento de uma criança,
conforme o grau da perda auditiva que as mesmas apresentem:
• Surdez leve: a criança é capaz de perceber os sons da fala; adquire e
desenvolve a linguagem oral espontaneamente; o problema geralmente é
tardiamente descoberto; dificilmente se coloca o aparelho de amplificação
porque a audição é muito próxima do normal.
• Surdez moderada: a criança pode demorar um pouco para desenvolver a
fala e linguagem; apresenta alterações articulatórias (trocas na fala) por não
perceber todos os sons com clareza; tem dificuldade em perceber a fala em
ambientes ruidosos; são crianças desatentas e com dificuldade no aprendizado
da leitura e escrita.
• Surdez severa: a criança terá dificuldades em adquirir a fala e linguagem
espontaneamente; poderá adquirir vocabulário do contexto familiar; existe
a necessidade do uso de aparelho de amplificação e acompanhamento
especializado.
• Surdez profunda: a criança dificilmente desenvolverá a linguagem oral
espontaneamente; só responde auditivamente a sons muito intensos como:
bombas, trovão, motor de carro e avião; freqüentemente utiliza a leitura orofacial;
necessita fazer uso de aparelho de amplificação e/ou implante coclear,
bem como de acompanhamento especializado.
O TRABALHO DO PROFESSOR
(extraído da cartilha “A deficiência auditiva na
idade escolar” - Programa Saúde Auditiva – HRAC/USP)
O professor precisa observar:
• Se a criança apresenta dificuldade na pronúncia das palavras,
• Se a criança aparenta preguiça ou desânimo,
• Se a criança atende aos chamados,
• Se a criança inclina a cabeça, procurando ouvir melhor,
• Se a criança usa palavras inadequadas e erradas, quando comparadas às
palavras utilizadas por outras crianças da mesma idade,
• Se a criança não se interessa pelas atividades ou jogos em grupo,
• Se a criança é vergonhosa, retraída e desconfiada,
• Se fala muito alto ou muito baixo,
• Se a criança pede repetição freqüentemente.

Referências Bibliográficas
Bevilacqüa, M. C. (1998). Conceitos básicos sobre a audição e a deficiência
auditiva. Cadernos de audiologia. Bauru: H.P.R.L.L.P / USP.
Brasil - A Deficiência Auditiva na Idade Escolar – Cartilha. Programa de
Saúde auditiva. Bauru: H.P.R.L.L.P. USP, FUNCRAF, Secretaria de Saúde
do Estado de São Paulo.
Fernandes, J. C. (1995). Noções de Acústica. Apostila elaborada para o Curso
de Formação: Metodologia Verbotonal na Deficiência Auditiva. Bauru:
H.P.R.L.L.P. USP.
Katz, J. E.D (1989). Tratado de audiologia clínica. São Paulo: Editora
Manole.

fonte:ministério da educação
Secretaria de Educação Especial
Desenvolvendo competências
para o atendimento às necessidades
educacionais especiais de alunos surdos

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