PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS-Deficiência visual

O procedimento de intervenção precoce em pequenos grupos de quatro crianças com
as respectivas mães tem como fundamento a construção do conhecimento como processo e
prática social coletiva que se dá por meio de trocas interpessoais e culturais.
Refere-se aqui à mãe porque, na realidade da cultura brasileira, é a pessoa que cuida e
freqüentemente acompanha a criança ao programa de intervenção precoce e à escola. A
participação do pai, irmãos e avós é fundamental e pode ser desenvolvida por meio de oficinas
e vivências em grupo.
O trabalho conjunto entre pais, professores e crianças é fundamental não somente pela
troca de experiências e enriquecimento pessoal, mas principalmente porque as famílias têm
a oportunidade de encontrar seus pares para identificação de suas angústias, conflitos e
solução de problemas.
Agrupar crianças em programas de intervenção precoce tem fundamento nas pesquisas
recentes sobre educação precoce em diferentes partes do mundo. Essas pesquisas constatam
que as crianças pequenas são seres interativos, que podem aprender muito com outras crianças, aumentando a competência social. Spagiari (1986) diz que uma criança não pode
se desenvolver de forma isolada, que as crianças adquirem identidade no contexto de grupo.
É no grupo que elas podem compartilhar espaços, brinquedos, ações, pensamentos, idéias,
são encorajadas a aprender ouvir, esperar, aprender a resolver problemas com outros pontos
de vistas. Essas são experiências valiosas em termos de aprendizagem e socialização.
A forma de estruturar as atividades na abordagem pedagógica vai depender das condições
ambientais, se for escola, instituição ou sala de recursos. Depende ainda do número de crianças
integradas ao programa e do nível de interesse do grupo. O grupo pode ser heterogêneo, respeitandose
o interesse pelo brinquedo, o ritmo e o desenvolvimento psicoafetivo de cada criança.

fonte: MEC-2006-Brasília-DF

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